segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Baños - II













Acordamos muito cedo pois nosso quarto fica voltado para a esquina da praça e os taxistas de plantão ficam conversando a noite toda com o guarda do Banco. Às 7 hs. da manhã fomos despertados por uma banda em frente a nossa janela, tocando em homenagem a Virgem, a Nossa Senhora de Baños. Construíram uma capela para ela no topo de uma montanha, em frente ao vulcão, onde fazem romaria subindo centenas de degraus. Há manifestações religiosas pela cidade todos os dias de outubro. Os habitantes de Baños acreditam que a Virgem é milagrosa e que os protegem dos tremores de terra e do vulcão Tugurahua. Nem com o aviso para evacuarem a cidade, em 2001 e 2006, grande parte não arredou o pé. Não sei se são corajosos, malucos ou pessoas de muita fé!

Falando em construções, da cidade se pode ver, no topo de uma montanha, o SPA Luna Rutun, com várias piscinas de água quente das fontes termais. Oferecem pacotes com diversos tipos de massagem, passeios ecológicos, além da vista espetacular dos chalés. O preço também é inesquecível, mas acredito que deve valer a pena, nem que seja por uma noite!

O dia claro com sol foi ficando nublado, e com nuvens de chuva. O tour que tínhamos pensado em fazer passeando por cachoeiras e trilhas ecológicas foi dispensado, o taxista nos propôs um preço muito caro para fazer o roteiro, além disso, o tempo não estava propício para tal.

Decidimos caminhar no entorno. Ótima decisão! Caminhamos no sentido da rota ecológica, depois da ponte S. Francisco, e descobrimos um mirante improvisado num sítio que dá uma visão completa da cidade que está encrustada na base do vulcão, num platô acima do cânion, cortada por um rio que alimentado por várias quedas dágua. Que vista! Pena que não conseguimos ver a cratera do vulcão, por causa das nuvens.


Caminhamos contornando a cidade e aproveitamos para experimentar algumas frutas e sucos daquela região. Adorei o suco de tomate del arbol, que eu saiba, não é uma fruta cultivada no Brasil. Outra fruta que me apaixonei desde a Colômbia foi o guanábano, cujo sabor lembra a graviola, inclusive a fruta é muito parecida. As amoras são enormes, por sinal, todas as frutas são enormes. O mamão é do tamanho de uma jaca! Nem se fossem frutas de Itu! Comemos também o maracujá doce, que lá é chamado de Naranjina. Que delícia! Vendem também garapa, cana cortada em gomos, rapadura que é chamada de doce de cana, e muita goiabada!

Decidimos voltar para Quito no ônibus das 14 horas, já sabendo da maratona que tínhamos que enfrentar. Nós nos desacostumamos de ônibus que param a todo momento, acredito que só ônibus intermunicipais, no interior do Brasil ainda são assim. Incomoda-nos ver senhoras, crianças, idosos, subindo e descendo do ônibus ainda em movimento. O motorista não aguarda as pessoas se acomodarem, principalmente se forem os nativos. Mas eles entram e saem sorrindo, pois não reclamam do único meio de transporte barato que a população mais simples dispõe.

No retorno pela avenida dos vulcões, conseguimos ver o "Elliniza" , com o topo coberto de neve, e "El Corazón". Aquela região merece alguns dias para ser conhecida. São vários vulcões, vários vilarejos, lugares com muitas trilhas, rios encachoeirados e a floresta amazônica. Para quem gosta de esporte radical, oferecem rafti, canoagem, jump, além de trakking, cavalgadas, bicicleta, e muita caminhada!

Um comentário:

Cleide Gomes disse...

Olá

Legal o blog, é uma pena que o Equador não seja tão divulgado!

Vocês pelo jeito curtiram muito o passeio!

Tenho viagem marcada para Quito, em Julho, onde ficarei 05 dias, gostei da dica de Bãnos, em qual hotel ficaram?

Um abraço,
Cleide