quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Cidade de X´ian - 1ª parte

Nosso destino: Xi´an, antiga capital da China por mais de 4 mil anos, onde está localizado o sítio arqueológico do Exército de Terracota, com mais de 7 mil soldados em tamanho natural. Cada guerreiro é único, com seus trajes, cabelos e feições singulares.Uma imagem inesquecível!


Dia de pegar vôo cedo é sinônimo de noite mal dormida e de sono leve! Acordamos às 4 hs. da madrugada sem a menor necessidade. Nosso vôo para Xi´an sai às 8:20 hs. pela Air China. Pegamos um táxi na porta do hotel. Mesmo com o endereço do terminal anotado em mandarim, o motorista ainda ficou inseguro onde nos deixar pois o terminal é enorme. Que aeroporto bonito! A gente não se cansa de admirar a estrutura moderna e o piso de granito branco que parece um espelho! Nosso portão de embarque era o último do terminal 3 e não sabíamos desse detalhe. Mesmo andando rápido nas esteiras horizontais levamos uns 15 minutos para chegar até lá. Para nossa surpresa, todos os passageiros já tinham embarcado e estavam sentados. Nos acomodamos rapidamente, esbaforidos, sob os olhares curiosos.

O vôo foi tranquilo. O tempo continua cinza, com jeito empoeirado. Entre nuvens já podemos visualizar as montanhas de carster. O curioso é que essas formações de pedra tem vegetação até no pico e nas bases cultivam arrozais irrigados, formando grandes áreas verdes. Estamos encantados com a formação do relevo pois pensávamos que os carster estavam localizados somente nas proximidades do rio Li!

Pegamos o ônibus nº 3, que faz a conexão aeroporto/centro. Começou uma chuva fina e ficamos preocupados em pegar as malas e arrastá-las pela rua encharcada. Para nossa surpresa o ônibus parou na porta do hotel Diamond! Essa foi demais! Ficamos numa avenida movimentada onde tem de tudo: restaurantes, lanchonetes, supermercado, lojinhas de bugigangas e descobrimos que a estação de trem e ônibus fica apenas a um quarteirão. Beleza pura!

Fomos almoçar num restaurante chinês, tipo Fast Food, o Mister Lee. Pedimos arroz com cogumelos e uma pequena acelga cozida inteira. Eles adoram acelga que é a verdura mais utilizada como acompanhamento dos pratos. Parece que nenhum ocidental entrou nesse restaurante um dia! A gente percebe que se em Pekin nós já éramos observados, em X´ian fazemos o maior sucesso por onde passamos! É muito curioso como a gente chama a atençao pela diferença racial.


Acho que a campanha para receber bem os turistas nas Olimpíadas foi eficaz! Sempre tem algum jovem chinês querendo ajudar, quando abrimos o mapa ou fazemos aquela cara de dúvida para onde seguir. O engraçado é que falam pouquíssimas palavras em inglês, mas nem por isso deixam de ser prestativos. Resolvemos pegar um ônibus e descer a grande avenida, para passear pelo centro. Mapa com legenda em mandarim! A alternativa foi identificar o hotel Hyatt e ficamos de olho para saltar na avenida transversal. Milhares de chineses nas ruas!!Descobrimos que o domingo é o dia em que saem às compras e todas as lojas estão abertas ! É uma verdadeira muvuca! Muitos shoppings, grandes lojas, desfile de moda nas ruas, loja com roupas de noiva com modelos vivos na vitrine, lojinhas em liquidação e gente, muita gente prá todo lado. Tentei entrar numa loja que estava liquidando tênis de grandes marcas. Impossível! Um formigueiro de chineses!

Depois de circular pela avenida e nos divertirmos com o movimento, fomos em direção a Grande Mesquita quando nos deparamos com uma rua que vende de tudo um pouco: antiguidades, comidas típicas, artesanato, mercados com souvenirs, mesclados com armazéns de especiarias árabes, pinturas, cerâmicas e bijuterias. É muito estímulo para os nossos sentidos: cheiros variados, sons e muita coisa prá se ver de cores quentes, materiais diversos , aliados a arte e a criatividade! Além disso, carros, motos, triciclos, táxi e muito turista. De vez em quando chuvisco e um festival de sombrinhas saem das bolsas.

Ainda à procura da Grande Mesquita, entramos numa ruela, que é um longo corredor cercado de lojinhas árabes com bancas do lado de fora. Peças de bronze, jade, coral, prata, chales, echárpes, gravuras, jóias e pinturas. Lembrei-me do Grand Bazzar em Istambul e os vendedores nos abordam com suas calculadoras, pedindo que façamos nossas ofertas. Não dá para parar pois o assédio é grande e a gente custa a convencê-los que não dá para comprar tudo que é lindo e exótico. Com um detalhe, se apontar o dedo os vendedores não dão sossego. Melhor olhar sem tocar!

Finalmente chegamos à Grande Mesquita, dentro de um jardim com vários espaços e pequenas construções para uma pausa. Hora de oração. Os homens muçulmanos caminham com a mão no peito em direção à Mesquita de onde entoam cânticos. Os sapatos são deixados do lado de fora. Admiramos a arquitetura do local e voltamos para a rua de comércio onde fotografamos e apreciamos mais um pouco o modo de vida dos chineses.




Voltamos de ônibus para o hotel em vez de pegar um táxi. Achamos interessante experimentar o modo de vida do chinês comum. Estamos encantados com a receptividade do povo, que é alegre e sorridente. No ônibus garotos cederam lugar prá gente sentar. Pequenas atitudes que tem nos cativado.

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